segunda-feira, 6 de maio de 2013

A pressa


Um jovem e bem sucedido executivo dirigia pela vizinhança, correndo demais em seu novo carro. Observando as crianças se lançando entre os carros estacionados, achou ter visto algo.
Enquanto passava, nenhuma criança apareceu. De repente, um tijolo espatifou-se na porta lateral de seu carro. Freou bruscamente e deu ré até o lugar de onde teria vindo o tijolo. Saltou do carro, pegou violentamente uma criança empurrando-a contra a parede e gritou:
- “Por que você fez isso… que besteira pensa que está fazendo? Este é um carro novo e caro! Aquele tijolo que você jogou vai me custar muito dinheiro, seu moleque… Por que você fez isso?”
– “Por favor, senhor, me desculpe. Eu não sabia mais o que fazer! Ninguém estava disposto a parar e me atender neste local.”
Lágrimas corriam do rosto do garoto, enquanto apontava na direção dos carros estacionados.
- “É o meu irmão. Ele desceu sem freio, caiu de sua cadeira de rodas e eu não consigo levantá-lo”.
Soluçando o menino perguntou ao executivo:
- “O senhor poderia me ajudar a recolocá-lo em sua cadeira de rodas? Ele está machucado e é muito pesado para mim”.
Movido internamente muito além das palavras, o executivo colocou o jovenzinho em sua cadeira de rodas. Tirou o lenço, limpou-lhe as feridas e arranhões, verificando se tudo estava bem.
- “Obrigado e que Deus possa abençoá-lo, disse a grata criança”.
O homem então viu o menino se distanciar, empurrando o irmão em direção a sua casa. Foi um longo caminho de volta para o carro… um longo e lento caminho de volta. Ele nunca consertou a porta amassada. Deixou-a amassada para lembrá-lo de não ir tão rápido pela vida, de modo que alguém tivesse que atirar um tijolo para obter sua atenção.
Às vezes somos assim: andamos rápido e não percebemos que Deus sussurra e fala aos nossos corações. Algumas vezes, quando não paramos para ouvir, Ele tem que jogar um tijolo em nós. Na velocidade do mundo moderno, não temos tempo para ouvir nem curtir aquilo que nos cerca, nem vemos o que estamos deixando para trás, a beleza que Deus colocou em nosso caminho. Às vezes, uma tijolada nos faz muito bem; faz-nos refletir de que maneira estamos vivenciando os dons que Ele nos confiou.
Podemos ainda ter tanta pressa que não paramos para ouvir sua voz que nos chama: VEM E SEGUE-ME!
Neste exato momento, Deus pode estar lhe dando uma tijolada…

Ter fé


Ter fé e ACEITAR os desígnios de Deus ainda que não os entendamos, ainda que não nos agrade. Se tivéssemos a capacidade de ver o fim desde o princípio tal como Ele vê, então poderíamos compreender por que às vezes nossa vida é conduzida por caminhos estranhos e contrários a nossa razão e aos nossos desejos.
Ter fé é DAR quando não temos, quando nós mesmos necessitamos. A fé sempre encontra algo valioso onde aparentemente não existe; pode fazer que brilhe o tesouro da generosidade em meio à pobreza e ao desamparo, enchendo de gratidão ao que recebe e ao que dá.
Ter fé é CRER quando é mais fácil ficar na dúvida. Se a chama da confiança em algo melhor se extingue em nós, então não há outro meio que não nos entregarmos ao desânimo. A crença em nossas bondades, possibilidades e talentos, tanto como em nossos semelhantes, é a energia que move a vida fazendo grandes vencedores.
Ter fé é GUIAR nossa vida não com os olhos, mas sim com o coração. A razão necessita de muitas evidências para arriscar-se, o coração necessita só de um raio de esperança. As coisas mais belas e grandes que a vida nos dá não se podem ver nem sequer tocar, só se podem acariciar com o espírito.
Ter fé é LEVANTAR-SE quando se está caído. Os revezes e fracassos em qualquer área da vida nos entristecem, porém é mais triste ficar lamentando-se no frio chão da autocompaixão, acompanhado pela frustração e a amargura.
Ter fé é ARRISCAR-SE na troca de um sonho, de um amor, de um ideal. Nada que vale a pena nesta vida pode se conseguir sem esta dose de sacrifício, que implica desprender-se de algo ou de alguém, a fim de adquirir algo que melhore nosso próprio mundo e o dos demais.
Ter fé é VER positivamente a vida à frente, não importa quão incerto pareça o futuro ou quão doloroso foi o passado. Quem tem fé faz hoje um fundamento do amanhã e trata de vivê-lo de tal maneira que quando fizer parte de seu passado, possa vivê-lo como uma grata recordação.
Ter fé e CONFIAR, porém confiar não somente nas coisas, mas sim no que é mais importante… em Deus e nas pessoas. Muitos confiam no material, porém vivem relações vazias com seus semelhantes. Certamente sempre haverão aqueles que trairão tua confiança; assim o que temos a fazer é seguir confiando em Deus e perdoando aqueles que nos magoaram.
Ter fé é BUSCAR o impossível: sorrir quando os dias se encontram nublados e teus olhos estão secos de tanto chorar. Ter fé é não deixar nunca de cobrir teus lábios com um sorriso, nem sequer quando está triste, porque nunca sabes quando teu sorriso pode dar luz e esperança à vida de alguém que se encontra em pior situação do que a tua.
Ter fé é CONDUZIR-SE pelos caminhos da vida da mesma forma que uma criança segura a mão de seu pai. É entregarmos nossos problemas nas mãos de Deus e nos jogarmos em seus braços antes de cair no desespero. Ter fé é esperarmos em Deus, e com Ele carregarmos nossa coleção de problemas.
Extraído do Livro: “MOMENTOS COM MARIA – Pensamentos e Parábolas”

Biografia do Papa Francisco


Cidade do Vaticano (RV) – O novo pontífice é o Cardeal Jorge Mario Bergoglio, Papa Francisco, que nasceu em Buenos Aires, na Argentina, em 17 de dezembro de 1936. É Ordinário para os fiéis de rito oriental residentes na Argentina e sem Ordinário do rito próprio.
O Papa jesuíta se formou como técnico químico, mas depois escolheu o caminho do sacerdócio e entrou para o seminário de Villa Devoto. Em 11 de março de 1958, passou para o noviciado da Companhia de Jesus. Completou os estudos humanistas no Chile e em 1963, voltou para Buenos Aires e se formou em filosofia na Faculdade de Filosofia do Colégio máximo San José, de São Miguel.
De 1964 a 1965, ensinou literatura e psicologia no Colégio da Imaculada de Santa Fé e, em 1966, ensinou essas mesmas matérias no Colégio do Salvador, em Buenos Aires.
De 1967 a 1970 estudou teologia na Faculdade de Teologia do Colégio máximo San José, de São Miguel, onde se formou.
Em 13 de dezembro de 1969 foi ordenado sacerdote.
Em 1970-1971, completou a terceira aprovação em Alcalá de Henares (Espanha), e em 22 de abril de 1973 fez a profissão perpétua.
Foi mestre de noviços em Villa Barilari, San Miguel (1972-1973), professor na Faculdade de Teologia, Consultor da Província e Reitor do Colégio máximo. Em 31 de julho de 1973, foi eleito provincial da Argentina, cargo que desempenhou por seis anos.
De 1980 a 1986, foi reitor do Colégio máximo e das Faculdades de Filosofia e Teologia dessa mesma Casa e pároco da Paróquia de São José, na Diocese de San Miguel.
Em março de 1986, viajou para a Alemanha para completar sua tese de doutorado. Foi enviado pelos seus superiores ao Colégio do Salvador e passou para a igreja da Companhia na cidade de Córdoba, como diretor espiritual e confessor.
Em 20 de maio de 1992, João Paulo II o nomeou Bispo titular de Auca e Auxiliar de Buenos Aires. Em 27 de junho do mesmo ano, recebeu na catedral de Buenos Aires a ordenação episcopal das mãos do Cardeal Antonio Quarracino, do Núncio Apostólico Dom Ubaldo Calabresi e do Bispo de Mercedes-Luján, Dom Emilio Ogñénovich.
Em 3 de junho de 1997 foi nomeado Arcebispo Coadjutor de Buenos Aires e em 28 de fevereiro de 1998 Arcebispo de Buenos Aires por sucessão à morte do Card. Quarracino.
É autor dos livros: «Meditaciones para religiosos» del 1982, «Reflexiones sobre la vida apostólica» del 1986 e «Reflexiones de esperanza» del 1992.
É Ordinário para os fiéis de rito oriental residentes na Argentina que não podem contar com um Ordinário de seu rito. Grão-Chanceler da Universidade Católica Argentina.
Relator-Geral adjunto da 10ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos (outubro de 2001).
De novembro de 2005 a novembro de 2011 foi Presidente da Conferência Episcopal Argentina.
Foi criado Cardeal pelo Beato João Paulo II no Consistório de 21 de fevereiro de 2001, titular da Igreja de São Roberto Bellarmino.
É Membro:
das Congregações: para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos; para o Clero; para os Institutos de vida consagrada e as Sociedades de vida apostólica;
do Pontifício Conselho para a Família:
da Pontifícia Comissão para a América Latina.

Pílula do dia seguinte é abortiva, afirmam especialistas

A pílula do dia seguinte é distribuída na Rede Pública de Saúde do país desde 2005, e atualmente, não há necessidade de receita médica para retirá-la. A proposta do Ministério de Saúde é evitar a gravidez indesejada e consequentemente o número de abortos.

Na cartilha que orienta os profissionais de saúde, o Ministério afirma que a pílula não é abortiva, e que simplesmente impediria a fecundação, por evitar o encontro do espermatozoide com o óvulo. Entretanto, a fecundação pode ocorrer entre um a cinco dias após a relação sexual, estando a mulher em período fértil, e ali, nesse momento, começa a vida. "Como é apresentado em qualquer livro de biologia", afirma a Doutora em Microbiologia pela UNIFESP, Dra. Lenise Garcia, também integrante da Comissão de Bioética da Arquidiocese de Brasília e da CNBB e presidente do Movimento Brasil Sem Aborto.

Segundo a especialista, a própria Organização Mundial da Saúde (OMS) tem começado a difundir a ideia de que o momento da concepção, ou seja, da gravidez, seria só após o "óvulo" ter se implantado no útero, o que leva cerca de seis a oito dias após a fecundação, e com base nesse argumento afimam que a pílula do dia seguinte não é abortiva. Contudo, nesse aspecto há equívocos, pois a cartilha chama de óvulo aquele que já é o embrião humano, ressalta Dra. Lenise. "A fecundação já é uma vida humana, original, se não fosse isso não haveria o que 'implantar'. É uma incoerência do argumento", afirma.

Com base nisso, os especialistas pró-vida alertam que a pílula é abortiva, pois como é utilizada até cinco dias depois da relação sexual, pode ocorrer do óvulo já ter sido fecundado e por consequência impedir que ele siga o percurso natural de implantação no útero.

"Com o óvulo fecundado começa uma nova vida, ainda minúscula, mas ali já tem o código genético de um novo ser humano. E nesse embriãozinho, o zigoto, está concentrada toda a potencialidade de desenvolvimento de um ser humano. Por isso que, a Igreja Católica acompanhando a opinião de grandes cientistas reconhece que ali já se trata de vida humana e que tomar uma pílula para expulsar aquele óvulo fecundado significa abortar", esclarece o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para Vida e Família da CNBB, Dom João Carlos Petrini.

Além dessa preocupação, muitos médicos têm afirmado que a pílula é como "uma bomba hormonal", que equivale a quase meia cartela dos anticoncepcionais comuns. "O que é distribuído em 25 dias será distribuído nas 72 horas após o ato sexual. É uma grande quantidade de hormônios que o corpo feminino recebe e logicamente terá efeitos colaterais", explica o médico e bispo auxiliar do Rio de Janeiro, Dom Antônio Augusto Dias.

Banalização das relações humanas

Outro aspecto abordado por Dom Antônio é o de que, na sociedade atual, as relações entre as pessoas estão ficando muito no âmbito superficial e, em alguns casos, apenas no âmbito físico, e se esquece que há outros valores que sustentam os relacionamentos humanos e a sociedade em geral.

"O valor do relacionamento do homem e da mulher que culmina numa relação sexual não é apenas um ato físico, um ato reprodutor, mas é um ato em que está envolvidos muitos valores que elevam o relacionamento do homem e da mulher, tais como fidelidade, carinho, amor verdadeiro, entrega, doação de um ao outro, o nascimento de uma criança que torna o homem e a mulher pais, que é o valor muito grande da paternidade e maternidade, a amizade, o autodomínio, a fortaleza, a lealdade e a  sinceridade do ato conjugal", explicou Dom Antônio.

O bispo ainda alertou que ao facilitar essa "segurança" contra a gravidez, ajuda-se a destruir os relacionamentos humanos e a própria família, e com isso, os relacionamentos de amor, de gratuidade, deixando a sociedade à mercê da banalização dos relacionamentos.  "É isso que nos surpreende: que o Ministério da Saúde, com essa cartilha e essa distribuição gratuita e ágil da pilula do dia seguinte, pretenda tornar a sociedade humana banalizada e sem sentido de compromisso entre as pessoas". 

O mês de Maria

Iniciamos o mês de maio, dedicado à bem-aventurada Virgem Maria. Tivemos a alegria de ter, aqui no Rio de Janeiro, o primeiro seminário para refletir sobre o trabalho e o trabalhador: a agenda social do trabalho! As conclusões serão levadas às nossas autoridades. Porém, neste mês, muitas alegrias se descortinam em nosso coração: a celebração das mães, no segundo domingo; a festa de Nossa Senhora de Fátima, que neste ano para mim tem um especial significado, porque estarei em Fátima a convite do Senhor Bispo de Leiria-Fátima para presidir as solenidades do dia 13 de maio, quando, a pedido do próprio Papa Francisco, vamos consagrar o seu pontificado à Materna Proteção da Virgem que, por meio dos pastorinhos, convoca a todos para a conversão do seguimento de Jesus Cristo. Como não lembrar, neste mês mariano, das coroações de Nossa Senhora e dos apelos do Santo Padre para a oração do rosário em família? Ainda teremos as solenidades da Ascensão e Pentecostes, a Novena de Pentecostes, a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos e o Dia Mundial das Comunicações Sociais.
O tempo urge e a Jornada Mundial da Juventude já está a semanas de acontecer aqui no Rio de Janeiro. Também colocamos a intenção de consagrar toda à JMJ, seus jovens, colaboradores e organizadores a Maria para que ela interceda por todos e nos ensine a dizer 'sim' ao Senhor, a fim de o seu plano de amor e salvação se cumpra em nossas vidas”.
Toda a vida de Maria, de cujo seio se desprendeu e brilhou a "Luz que ilumina todo o homem que vem a este mundo" (Jo 1,9) se desenrola em comunhão íntima com Jesus: “Levando, na terra, uma vida semelhante à do comum dos homens, cheia de cuidados domésticos e de trabalhos, Ela, a todo o momento, mantinha-se unida a Seu Filho” (Apostolicam Actuositatem, 4), permanecendo na intimidade com o mistério do Redentor. Ao longo desse caminho de colaboração na obra redentora, a sua própria maternidade “veio a conhecer uma transformação singular, sendo cada vez mais cumulada de "caridade ardente" para com todos aqueles a quem se destinava a missão de Cristo” (Redemptoris Mater, 39) e para os quais e no qual se vê consagrada a Mãe aos pés da cruz: “Eis o teu filho”!
Deste modo, tendo ela gerado Cristo, Cabeça do Corpo Místico, deveria também gerar os membros do mesmo Corpo. Por isso, “Maria abraça, com a sua nova maternidade no Espírito, todos e cada um dos homens na Igreja; e abraça também todos e cada um mediante a Igreja” (Redemptoris Mater, 47). A Igreja, por sua vez, não cessa de lhos consagrar.

A mensagem de Fátima é cheia de esperança, exigente e, ao mesmo tempo, confortadora, anunciada a todos os homens e mulheres de boa vontade, particularmente num mundo violento que clama por paz e justiça. É centrada na oração, na penitência e na conversão que se projeta para além das ameaças, perigos e horrores da história, para convidar o homem a ter confiança na ação de Deus, a cultivar a grande boa esperança, a fazer experiência da graça do Senhor para enamorar-se d'Ele, fonte do amor e da paz.

Vivemos dias de grande violência urbana. Assistimos, atônitos, ao desrespeito para com as pessoas. Casas são invadidas por criminosos que não respeitam mais a vida humana. Crianças e idosos não são mais respeitados. Mata-se pelo simples gosto de "vingar" quando não há produto lucrativo dos roubos nas residências; e também no comércio, ou seja, em nossos trabalhos. Maria Santíssima nos traz uma mensagem de paz, de confiança inabalável em Deus, em primeiro lugar, para que possamos abrir nossos corações para uma conversão muito profunda. Uma conversão de mudança de mentalidade: o povo brasileiro sempre respeitou a família, o povo brasileiro sempre amou as crianças, como Jesus. Nossa gente sempre respeitou a terceira e melhor idade. O grande problema da violência reside não na diminuição da maioridade penal, mas na revalorização da família. Nossos casais não devem ter medo da maternidade, de constituírem famílias numerosas. Somente dentro de um lar, alicerçado sob os valores do Evangelho é que educaremos a juventude para os valores de Deus, para a cidadania, para a solidariedade, para a justiça e para o respeito à vida, como primado principal do Filho de Deus e do cidadão.

Nesse sentido, Maria nos ensina, pela sua verdadeira devoção à imitação das suas virtudes, que Ela nos conduz sempre a Jesus. Por isso, o saudoso Papa Paulo VI nos ensinou que: “Porém, nem a graça do Redentor divino nem a intercessão poderosa da Sua Mãe e nossa Mãe espiritual, nem a sua excelsa santidade poderiam conduzir-nos ao porto da salvação, se a tudo isso não correspondesse a nossa perseverante vontade de honrar Jesus Cristo e a Virgem Santa com a devota imitação das suas sublimes virtudes. É, pois, dever de todos os cristãos imitar, com espírito reverente, os exemplos de bondade que lhes foram deixados pela Mãe do Céu. É esta, veneráveis irmãos, a outra verdade sobre a qual nos agrada chamar a vossa atenção e a dos filhos confiados aos vossos cuidados pastorais para que eles aceitem, favoravelmente, a exortação dos padres do Concílio Vaticano II: 'Recordem-se os fiéis de que a devoção autêntica não consiste em sentimentalismo estéril e passageiro ou em vã credulidade, mas procede da fé verdadeira que nos leva a reconhecer a excelência da Mãe de Deus e nos incita a um amor filial para com a nossa Mãe, e à imitação das suas virtudes'. É a imitação de Jesus Cristo, indubitavelmente, o régio caminho a percorrer para chegar à santidade absoluta do Pai celeste. Mas, se a Igreja Católica sempre proclamou esta verdade tão sacrossanta, também afirmou que a imitação da Virgem Maria, longe de afastar as almas do fiel seguimento de Cristo, o torna mais amável, mais fácil; na verdade, havendo Ela cumprido sempre a vontade de Deus, mereceu, em primeiro lugar, o elogio que Jesus Cristo dirige aos discípulos: 'Todo aquele que fizer a vontade de meu Pai que está nos Céus, esse é que é meu irmão, minha irmã e minha mãe' (Mt 12,50)” (cf. Signum Magnum, 8).

A devoção mariana, particularmente pela recitação do Rosário em nossas famílias, em nossas comunidades, em nossas paróquias e em nossos trabalhos nos ajudará, neste mês abençoado, a nos colocarmos na escola de Maria, a qual nos ensina a fazer sempre a vontade de Jesus. Os mistérios contemplados no Rosário são de Jesus. A repetição das Ave-Marias é um modo contemplativo de estar com Maria a meditar os mistérios de nossa salvação, porque o Rosário Mariano é completamente cristológico.

Maria Santíssima nos ensina a sempre fazer a vontade de Jesus. Por isso, neste mês, vamos valorizar a recitação do Terço em família e nas nossas comunidades. Convido todos a fazerem peregrinação paroquial, de grupos, familiares ou pessoais aos nossos santuários marianos de Nossa Senhora da Penha e de Nossa Senhora de Fátima, ganhando as graças necessárias adjuntas ao Ano da Fé.

Ser filho devoto de Maria nos educa a fazer a vontade de Deus e a rezar nas necessidades da Igreja, pelo êxito da JMJ, da qual a Virgem Aparecida é nossa padroeira e rezar para todos os que procuram a paz para testemunhar Jesus no mundo.

Rogai por nós, Santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo! Amém, Aleluia! Bom mês de maio, rosários nas mãos, pés no chão e olhos para o céu!

Dom Orani João Tempesta, O. Cist.
Arcebispo metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ)

O sentido do casamento


O mesmo Deus que criou o homem e a mulher uniu-os em matrimônio. A Bíblia nos diz que, ao criar o homem, Deus sentiu-se insatisfeito, porque não encontrara em todos os seres criados nenhuma criatura que o completasse.
E Deus percebeu que “não é bom que o homem esteja só” (Gn 2,18a). Então, disse ao homem: “Eu vou dar-lhe uma ajuda que lhe seja adequada” (Gn 2,18b), alguém que seria como você e que o ajude a viver. E fez a mulher. Retirou “um pedaço” do homem para criar a mulher (cf. Gn 2,21-22).
Nessa linguagem figurada, a Palavra de Deus quer nos ensinar que a mulher foi feita da mesma essência e da mesma natureza do homem, isto é, “à imagem e semelhança de Deus” (cf. Gn 1,26). Santo Agostinho nos lembra que Deus, para fazer a mulher, não tirou um pedaço da cabeça do homem e nem um pedaço do seu calcanhar, por que a mulher não deveria ser chefe nem escrava do homem, mas companheira e auxiliar. Esse é o sentido da palavra que diz que Deus tirou “uma costela do homem” para fazer a mulher.
Ao ver Eva, Adão exclamou feliz: “Eis agora aqui, o osso de meus ossos e a carne de minha carne” (Gn 2,23a). Foi, sem dúvida, a primeira declaração de amor do universo. Adão se sentiu feliz e completo em sua carência. Então, Deus disse: “Por isso o homem deixa o seu pai e a sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne” (Gn 2,24).
Isso quer dizer: serão uma só realidade, uma só vida, uma união perfeita. E Jesus fez questão de acrescentar: “Portanto, não separe o homem o que Deus uniu” (Mt 19,6b).
Após uni-los, Deus disse ao casal: “Frutificai e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a” (Gn 1,28). Aqui está o sentido mais profundo do casamento: “frutificai [crescei] e multiplicai”. Deus quer que o casal, na união profunda do amor, cresça e se multiplique nos seus filhos; e daí surge a família, a mais importante instituição da humanidade. A família é a célula principal do plano de Deus para os homens e ela surge com o matrimônio.
É muito significativo que Deus tenha dito ao casal: “crescei”; e, em seguida, “multiplicai”. Isso mostra que a primeira dimensão do casamento é o crescimento mútuo do casal, realizado no seu amor fecundo. Ninguém pode multiplicar sem antes crescer. Como é que um casal vai educar os filhos, se eles, antes, não se educaram, não cresceram juntos?
O casamento não é uma aventura nem um “tiro no escuro” como dizem alguns; é, sim, um projeto sério de vida a dois, no qual cada um está comprometido em fazer o outro crescer, isto é, ser melhor a cada dia. Se a esposa não se torna melhor por causa da presença do marido a seu lado, e vice-versa, então o casamento deles está sem sentido, pois não realiza sua primeira finalidade. Também um namoro, um noivado, ou até uma simples amizade, não terão sentido se um não for para o outro um fermento de auxílio e crescimento. Enfim, o casamento não é para “curtirmos a vida a dois”, egoisticamente; ele existe para vivermos ao lado de alguém muito especial e querido que queremos construir. É por isso que se diz que “amar não é querer alguém construído, mas, sim, construir alguém querido.”
Para ajudar o outro a crescer é preciso aceitá-lo como ele é, com todas as suas qualidades e defeitos. A partir daí é possível então, com muita paciência e carinho, ajudar o companheiro a crescer; e crescer quer dizer “atingir a maturidade como pessoa humana” no campo psicológico, emocional, espiritual, moral, etc.

Prof. Felipe Aquino

É pecado fazer tatuagens?


Muitos leitores têm-nos perguntado sobre tatuagem e piercing.
Os médicos, especialmente os dermatologistas, chamam a atenção para o perigo de transmitirem por tal via doenças graves como as hepatites e até mesmo a AIDS.
Isto acontece porque frequentemente os que realizam o piercing, a tatuagem ou a automutilação do corpo, às vezes não tomam as necessárias cautelas higiênicas: verifica-se que um adolescente em cada  cinco é assim contagiado, ao passo que as adolescentes são duas vezes mais afetadas.
Os piercings costumam ser fixados em partes do corpo muito impróprias: na língua, umbigo, nariz,sombrancelhas, ou nos órgãos genitais. Seis ou sete anéis fixados através do pavilhão da orelha podem acarretar necrose da cartilagem.
Do ponto de vista ético, a prática dos piercings e afins só pode ser rejeitada, pois contribui para afetar negativamente o corpo e a saúde dos usuários. A lei de Deus manda preservar a vida.
Talvez alguém veja nessas modas a maneira de se proclamar membro de alguma facção ou discípulo de um grande Mestre, mas sabemos que o fim não justifica os meios. A integridade corporal e a saúde não devem ser sacrificadas a modismos inconsistentes.
Os pais devem orientar os filhos no sentido de viver segundo  uma escala de valores acima de modismos e modelos exóticos e extravagantes, que prejudicam o autêntico desenvolvimento físico e moral dos adolescentes.
A Revista Época, (n. 567 , 30 março 2009, pg. 104/105) trouxe uma longa matéria sobre a tatuagem mostrando os seus perigos.
As pessoas se cansam da tatuagem com a mudança de idade e de vida. A tatuagem da moda enjoa rápido; especialmente o nome da namorada, quando o namoro termina. Nos EUA a Academia de Dermatologia calcula que 70% dos tatuados se arrependem uma década depois.
A Revista afirma que o tratamento para retirar a tatuagem é doloroso e caro, a laser. “Era como se uma agulha fervendo tocasse minhas costas” (Lenita Frare). Para apagar a tatuagem terá de passar por cinco sessões de laser de cinco minutos ao longo de seis meses no mínimo com intervalos de 30 dias entre a sessões. Durante o tratamento Lenita não poderá tomar sol e deverá usar pomadas anti-inflamatórias.
Diz a matéria que o empresário Luiz Felipe Carvalho, de 24 anos deve gastar R$10.000,oo para se livrar da tatuagem.
“As pessoas que querem trocar de tatuagem, não apenas apagar, diz o dermatologista Cláudio Roncatti, um dos diretores da Sociedade Brasileira de Laser. O número de seus pacientes vem crescendo com a demanda crescente de arrependidos.