quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Respostas da Bíblia - Para cada lar cristão

CONFISSÃO                                                                                                                                                 


AFIRMAÇÃO: 

"Os católicos confessam-se com padres que também são pecadores. Como é isso se lemos na Bíblia: 'Quem pode perdoar os pecados, senão Deus?"
( Mc 2,7).

RESPOSTA:



Quem negava a Jesus o poder de perdoar os pecados e até o chamava de blasfemador eram os orgulhosos escribas. Jesus, porém, lhes respondeu: "para que saibais que o Filho do Homem tem na terra o poder de perdoar os pecados”... (Mc 2,10). Como "prova", Jesus curou o paralítico perdoado, à vista deles.
Este poder de perdoar os pecados, Jesus o confiou aos homens pecadores, aos Apóstolos e seus sucessores, no dia da sua Ressurreição,  quando lhes apareceu e disse "Assim como meu Pai me enviou, também eu vos envio a vós". Tendo dito as palavras, soprou sobre eles e disse-lhes: "Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados, e àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos”
 (Jo 20,21-23).
Não resta dúvida que o sopro de Cristo ressuscitado e as palavras: “Recebei o (dom do) Espírito Santo...” expressam claramente que Apóstolos não obtiveram o poder de perdoar os pecados em virtude de sua santidade ou impecabilidade, mas como um dom especial, merecido por Cristo e a eles conferido, em favor das almas, redimidas pelo seu sangue derramado na Cruz.
Dizer: “Eu não me confesso com os padres porque eles são também são pecadores” seria como dizer: “Eu não vou procurar minha cura nem o remédio com nenhum médico porque eles também ficam doentes”.
Por isso os católicos, da mias humilde dona de casa ao papa, dobram humildemente suas cabeças diante de tão claras palavras de Jesus e confessam seus pecados diante dum simples sacerdote, para receber o perdão de Deus.
Claro, há os que preferem ignorar o ensinamento de Jesus e desprezar o dom do sacramento do Perdão. Para motivar este procedimento, procuram na Bíblia vários textos tirados do contexto, como: “Convertei-vos... fazei penitência... arrependei-vos, para que os vossos pecados,... para que sejais salvos”.
Ninguém duvida de que o sincero arrependimento dos pecados, com firme propósito de não pear mais, e satisfação feita a Deus e aos prejudicados, eram, no Antigo Testamento, condições necessárias e suficientes para obter o perdão de Deus. O mesmo vale ainda hoje para todos os que não têm nenhuma ocasião para obter perdão na boa Confissão. Certamente é de bom juízo para o verdadeiro cristão ser um pouco mais humilde e acreditar na veracidade e obrigatoriedade das palavras de Cristo Ressuscitado, com as quais ele instituiu o divino sacramento do Perdão, que abre as portas para o encontro com Deus e o reencontro com os irmãos.
Cada pecado é um ato de orgulho e desobediência contra Deus. Assim, “Cristo se humilhou e tronou-se obediente até a morte, e morte na cruz” (Flp 2,8) para expiar o orgulho e a desobediência dos nossos pecados, e nos merecer perdão. Por isso ele quer de todo cristão este ato de humildade e de obediência, na confissão sacramental, na qual confessamos os nossos pecados diante do seu representante, legitimamente ordenado. E, conforme a sua promessa: “Quem se humilha, será exaltado, e quem se exalta, será humilhado” (Lc 18,14).

Há movimentos religiosos fundamentalistas (“crentes”) que aliciam os católicos para suas seitas com a promessa de que, depois do batismo (pela imersão), estarão livres de qualquer pecado e nem poderão mais pecar. Consequentemente, ao precisarão mais de nenhuma Confissão. Apoiam esta afirmação nas palavras bíblicas de 1 Jo 3, 6 e 9: “Quem permanece Nele, não peca; quem peca, não O viu, nem O conhece” e “Todo aquele que é gerado por Deus, não comete pecado, porque nele permanece o germe divino”(a graça santificante).
Como resposta, é bom lembrar o principio bíblico de que entre as verdades bíblicas, reveladas por Deus, não pode haver contradições. Por isso, palavras menos claras, devem ser esclarecidas por palavras mais claras ou pela autoridade eclesiástica no exercício do seu magistério. Ora, o próprio João Apóstolo escreve em ( I Jo 1,8-10): “Se dissermos que não temos pecado algum, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo, e nos perdoa nos nossos pecados, e nos purifica de toda a iniquidade. Se dissermos que não temos pecados, taxamo-Lo de mentiroso, e sua palavra não está em nós”.
Por isso a tradição apostólica interpreta as palavras de I Jo 3,9: “Todo aquele que é gerado por Deus não peca”, no sentido de “não deve pecar gravemente”, já que possuindo a graça de Deus, tem suficiente força para vencer as tentações. Enquanto as claras palavras em I Jo 1,8-10 falam dos pecados leves, dos quais, segundo a mesma tradição, apenas a mãe de Jesus, Maria, teria sido preservada em virtude dos méritos do seu Filho, o Messias e Cristo de Deus.
Portanto, todos os homens adultos necessitam de Misericórdia Divina; e os sinceros seguidores da Bíblia recebem-na, agradecidos, no sacramento da Confissão.

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